II Colóquio Letramento, Fronteiras e Cultura Digital

19 04 2011

O II Colóquio LFCD Vai acontecer no anfiteatro do IEL, no dia 04/maio das 14h00 às 16h15. Nessa versão do evento os convidados serão Joel Windle, professor da Monash University (Austrália) e Marilda Cavalcanti, da linha de pesquisa “Linguagens, Culturas e Identidades” do DLA/IEL. Marcelo Buzato, coordenador do LFCD vai falar sobre cultura digital e o computador na escola e a fala de Joel Windle, em inglês, terá como tema “letramento digital, cosmopolitanismo e capital cultural”. Marilda Cavalcanti vai falar sobre letramentos e gêneros, inclusive digitais, na formação de professores indígenas. Haverá tradução consecutiva das falas em inglês e certificados expedidos pela secretaria deextensão universitária do IEL para quem solicitar. Não é necessário fazer inscrição. Veja o cartaz do evento.





Dois artigos contento resultados parciais do LFCD estão disponíveis

3 02 2011

Dois artigos novos, que reunem resultados parciais do projeto LFCD acabam de sair em periódicos ligados ao IEL/UNICAMP.  Em LetramentoRemate de Males, novas tecnologias e a Teoria Ator-Rede: um convite à pesquisa, que saiu na Remate de Males com data de 2009, Marcelo revê os conceitos de determinismo tecnológico, affordance e letramento, entre outros, a partir de pressupostos da Teoria Ator-Rede.

Já em Can reading a robot derobotize a reder, publicada em inglês na Trabalhos em Linguística Aplicada, o foco da análise e a possibilidade de dialogismo na interação entre homem e computador a partir do caso de agentes automatizados de conversaão ou chat-bots.





Acaba de sair o “Dossiê Hipertexto”, editado no Periódico Educação em Revista por Marcelo Buzato e Ana Elisa Ribeiro

2 02 2011

Trabalhando em parceria com Ana Elisa Ribeiro, do CEFET-MG, o coordenador do LFCD, Prof. Marcelo Buzato editou o dossiê que reune trabalhos selecionados de convidados do Hipertexto 2009 para o periódico Educação em Revista, da UFMG..

Educação em Revista

O dossiê inclui, entre outros, um texto do Marcelo que divulga resultados parciais do LFCD, e um  de Ilana Snyder, traduzido por Marcelo e Ana Elisa.





Veja o trabalho apresentado por Marcelo Buzato e Cristine Severo no GT

27 10 2010

“Apontamentos para uma análise do poder em práticas discursivas e não-discursivas na web 2.0”, foi o trabalho apresentado por Marcelo Buzato e Cristine Severo no GT que coordenaram no IX CELSUL.

Segue o resumo:

Pretende-se contribuir para a construção de uma abordagem específica do funcionamento do poder na cultura digital, focalizando a assim chamada Web 2.0, designação que busca abarcar mudanças recentes no perfil dos negócios bem-sucedidos na Internet, os quais se apoiam na valorização da relação entre conteúdos e relacionamentos sociais que os contextualizam, em detrimento do mero acúmulo de informações, assim como no encontro e interação entre as pessoas em espaços de sociabilidade online, em detrimento da mera busca de textos e informações de tipos variados. Para tanto, partimos de princípios do funcionamento do poder formulados por Foucault e os aplicamos à análise de práticas discursivas e não-discursivas na Web 2.0. O pressuposto envolvido é o de que a Web 2.0 convoca um olhar específico para o funcionamento do poder e, por conseguinte, para a compreensão de novos e antigos procedimentos que (re)configuram tanto o exercício da liberdade quanto as práticas de resistência. A tais procedimentos estão também vinculados novos e antigos modos de subjetivação, de representação e de ação pela linguagem na cultura digital.





Barbara Gallardo apresentou trabalho o XI CELSUL

27 10 2010

Barbara Gallardo apresentou o trabalho “Práticas digitais interculturais em língua inglesa no facebook: um estudo exploratório” no XI CELSUL.

Resumo:

O objetivo deste estudo é analisar ‘novos’ modos de subjetivação configurados na/pela Web 2.0 como práticas de resistência. Para isso, uso as metafunções da linguagem proposta por Halliday (1994) na análise da interação entre uma professora de inglês em formação e falantes desta língua no site de rede social Facebook. Partindo do princípio de que a participante já usava um site de rede social brasileiro e estuda inglês há quatro anos através da abordagem comunicativa, observo as estratégias usadas por ela para fazer e manter amizades neste espaço interativo da Web 2.0 na língua alvo. Os dados apresentados são baseados em um mês de acompanhamento online das ações da participante no site, análise de diários semanais e entrevistas offline. Os resultados iniciais sugerem o estabelecimento de novas práticas sociais e relações que produzem ‘novos’ modos de subjetivações a partir de reflexões sobre sua cultura e do discurso de resistência produzido no encontro virtual com o outro.





Marcelo Buzato (UNICAMP) e Cristine Severo (UFSCar) coordenaram GT sobre poder na Web 2.0, e IX CELSUL

27 10 2010

Marcelo Buzato  coordenou o GT “Web 2.0: questões de poder, identidade e cultura” no IX CELSUL, em parceria com Cristine Gorski Severo, da UFSCar.
Vejam o resumo:

Existe presentemente toda uma gama de discursos em torno das tecnologias da comunicação digital segundo os quais tais tecnologias seriam ‘por natureza’ libertárias, democráticas e emancipadoras, não apenas no sentido de oferecerem uma maior abertura para as diferenças culturais como também de propiciarem uma circulação ampliada para vozes ditas excluídas, periféricas ou oprimidas. Tais discursos defendem que a Web 2.0 congregaria possibilidades ampliadas de participação social e política, de produção e circulação de ‘conteúdos’ locais, assim como a emergência de novas identidades apoiadas numa multiplicidade de relações que extrapolam as espaço temporalidades tradicionais. Esses discursos têm se intensificado com o advento da assim chamada Web 2.0, designação que busca abarcar mudanças recentes no perfil dos negócios bem-sucedidos na Internet, os quais se apoiam na valorização da relação entre conteúdos e relacionamentos sociais que os contextualizam, em detrimento do acúmulo de conteúdos, assim como no encontro e interação entre as pessoas, em detrimento da mera busca de textos e informações de tipos variados. São exemplos de negócios típicos da Web 2.0 sites de redes sociais tais como Orkut e Facebook, sistemas de compartilhamento de conteúdos tais como You Tube e Flickr, repositórios colaborativos de hipertextos informativos tais como a Wikipedia e serviços de microblogging tais como Twitter. Esta proposta se justifica pela necessidade de problematizar a natureza supostamente libertária dessas tecnologias, colocando em evidência a complexidade que envolve o objeto (tecnológico) multifacetado e transdisciplinar e agregando em torno da sua compreensão reflexões discursivas, políticas, sociológicas e culturais. Trata-se, para tanto, de colocar em tela discussões e estudos que giram em torno dos conceitos de poder, liberdade, identidade, cultura, inclusão e exclusão digital, entre outros, de forma a tanto repensar a dimensão destes conceitos à luz de novos objetos, como a expandir a compreensão da realidade dialógica e política que envolve as tecnologias digitais. Isto posto, este simpósio agrega propostas que visem tematizar o funcionamento do poder em práticas discursivas e não discursivas circulantes na e por meio da Web 2.0. Entre os temas que interessam discutir nesta problemática, destacamos: (i) distinções entre o social e o político na Internet vista como ‘esfera pública’ e as implicações dessas distinções para a formulação de políticas educacionais e de produção cultural no Brasil; (ii) a não neutralidade dos arranjos ‘técnicos’ que facultam e gerenciam os modos de produção, circulação e de recepção dos discursos na Web; (iii) mapeamentos e fronteiras culturais nos espaços interativos da Web 2.0 e sua relação com o funcionamento do poder; (iv) imbricações mútuas entre a cultura digital e as culturas oficial, erudita, popular, de massa e do quotidiano, ditas ‘off-line’; (v) ‘novos’ modos de subjetivação configurados na/pela Web 2.0 como práticas de resistência; (vi) a dimensão ética nas relações dos sujeitos consigo mesmos, com o outro e com a própria tecnologia nos espaços da Web 2.0; (vii) as noções de ‘inclusão’ e de ‘exclusão’ (social, digital) em relação aos itens anteriores.





Camila Lawson participa do II SENALCE

12 10 2010

O bom filho à casa torna! O II SENALCE (Seminário Nacional de Linguagem, Cultura e Educação) se traduziu em um interessante e profícuo diálogo multidisciplinar. Bons ventos esses do Sul.

Segue um resumo do meu trabalho apresentado:

O Terceiro Espaço enquanto locus para o ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras para crianças – Um estudo sobre a construção do sentido entre o Self e o Outro em práticas de transletramentos

Camila Lawson Scheifer (UNICAMP)

RESUMO: A nova ordem mundial, marcada, entre muitos outros fatores, por uma revolução nos modos e meios de comunicação e representação, tornou imperativo que as práticas escolares sejam revistas levando-se em consideração o perfil multimídia dos aprendizes e os espaços fluidos, heterogêneos e multiculturais pelos quais eles circulam, especialmente o ciberespaço, onde a língua inglesa freqüentemente impõe-se como língua franca. Atrelado a isso, cabe à escola o desafio de preparar as crianças para enfrentarem, com ética e responsabilidade, problemas de dimensões globais, como a miséria, a intolerância étnico-racial e a violência. O projeto de doutorado que apresento parte do pressuposto de que a sala de aula de  ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras para crianças, ao ter a diversidade como aspecto inerente, é a arena ideal para o desenvolvimento, desde a infância, de um trabalho pedagógico que se oriente por uma política da diferença que marca o corpo e a história dos jovens aprendizes. Para tanto, entendo ser essencial analisar os letramentos de que as crianças participam, através da língua inglesa, no espaço da sala de aula de língua estrangeira e no ciberespaço, a fim de perceber como os significados são dialogicamente construídos no entremeio desses espaços, denominado de terceiro espaço, locus de conflito e criatividade, logo, locus potencial para se pensar práticas pedagógicas transculturais.  Assim, proponho analisar o terceiro espaço, onde suponho que os significados são dialogicamente construídos, a partir de dois outros espaços: o material e o mental, e dos conceitos de rede e zona de desenvolvimento proximal, buscando tecer um diálogo profícuo entre Pedagogia do Terceiro Espaço, Letramentos Digitais, Teoria Enunciativo-Discursiva da Linguagem, Teoria Sócio-histórica, Pedagogia Crítica. Esperam-se como resultados do projeto subsídios teóricos e práticos para a construção de pressupostos para a área de ensino-aprendizagem em questão, atualmente em significativa e acelerada expansão, que sirvam às necessidades dos jovens aprendizes brasileiros frente aos desafios globais impostos pela contemporaneidade.

O link para o site do evento é: http://www.senalce.furg.br

Abraço,

Camila.





Débora Coser apresentou sua pesquisa de IC no PIBIC/UNICAMP

27 09 2010

XVIII Congresso de Iniciação Científica – UNICAMP

A aluna Débora Coser apresentou na quinta-feira, 23 de outubro, um pôster de sua pesquisa pesquisa de iniciaão científica financiada pela FAPESP no XVIII Congresso de Iniciação Científica da Unicamp. O painel da pesquisadora mostrou, por meio de esquemas, os primeiros resultados de sua pesquisa intitulada Plurilinguismo, intercompreensão e mediação tecnológica na aprendizagem colaborativa envolvendo falantes de línguas próximas: o caso Galanet, destacando como se dá o funcionamento do Chat Pedagógico Plurilingue na plataforma online Galanet.

Download do poster do trabalho apresentado aqui





Resumos e minicurrículos dos palestrantes do Colóquio LFCD

24 06 2010

Júlio César Araújo

(Hiperged/PPGL/UFC)

Professor pesquisador no Programa de Pós-Graduação em Linguística do Departamento de Letras Vernáculas da UFC, onde desenvolvendo pesquisas e orienta dissertações e teses sobre hipertexto, gêneros digitais, letramentos na web, convergência de mídias e EaD. É coordenador do grupo de pesquisa Hiperged, vinculado ao PPGL da UFC. Atualmente é vice-presidente da Associação de Linguística Aplicada do Brasil (ALAB) e vice-presidente da Associação Brasileira de  Estudos de Hipertexto e Tecnologia Educacional (ABEHTE)

[http://www.julioaraujo.com; araujo@ufc.br]

Considerações sobre o internetês: mobilizações e processos epistêmicos

Em minha fala, pretendo apresentar e discutir o internetês sob uma perspectiva diferente dos pontos de vista alarmantes dos puristas e gramatiqueiros de pla[n]tão, ou seja, daqueles que o veem como uma degradação da escrita ou que defendem sem uma reflexão mais apurada apenas o uso canônico da lingual. Em acréscimo, não tratarei tampouco o internetês como um outro idioma, mas apenas como uma das muitas maneiras de grafar, em nosso caso, a língua portuguesa. Por isso, a atividade de grafar o português em práticas informais de uso da língua na Internet será analisada, em minha fala, à luz da teoria da relação com o saber, proposta por Charlot (2000), como um saber a mais em relação aos usos que podemos fazer da língua que falamos/escrevemos. Dado que nessa perspectiva o saber é algo situado, espero que a análise evidencie a escrita informal na web como uma atividade que mantém estreita relação com o ambiente internetiano em que ela se realiza. Assim, por entender o internetês como um saber situado, minha comunicação destacará as mobilizações em torno de seu uso, bem como analisará as figuras do aprender e os processos epistêmicos que circundam essa prática de escrita na Internet.


Marko Sinésio Alves Monteiro

(DPCT- IG/UNICAMP)

Graduação em Antropologia (1997), Mestrado em Antropologia Social (2000) e Doutorado em Ciências Sociais (2005), todos pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Realizou também estágio de pós-doutorado na University of Texas at Austin, junto ao programa de Ciência, Tecnologia e Sociedade (2008), e no Departamento de Política Científica e Tecnológica da UNICAMP (2010). Suas pesquisas abarcam os seguintes temas: antropologia da ciência e da tecnologia; culturas visuais da ciência, gênero, masculinidades e mídia, biotecnologias e o corpo, visualidade do corpo na ciência e na medicina. Atualmente é professor no Departamento de Política Científica e Tecnológica da UNICAMP, com pesquisa etnográfica sobre práticas de sensoriamento remoto.

[http://www.artnet.com.br/~marko/markomain.htm; markosy@uol.com.br]

A produção de sentidos na prática científica: etnografando visualizações digitais

A crescente incorporação de visualizações digitais nas práticas de produção de conhecimento contemporâneas torna cada vez mais oportunas pesquisas sobre os processos de produção e interpretação dessas imagens, a fim de melhor compreender a produção de conhecimento na ciência atual. A partir de referências dos chamados Estudos Sociais de Ciência e Tecnologia (ESCT) e da Antropologia da Ciência e da Tecnologia, esse trabalho busca pensar criticamente práticas de produção e interação com objetos digitais na ciência. O trabalho analisa dados colhidos a partir de uma etnografia feita entre 2006-2008 junto a um grupo de cientistas localizados no sudeste dos EUA. Essa equipe multidisciplinar de cientistas buscava produzir modelos computacionais preditivos de processos biológicos, fazendo uso intensivo de visualizações em seu trabalho. O nosso objetivo, portanto, é pensar as formas de interação entre cientistas e visualizações a fim de a) repensar o conceito nativo de que visualizações “simplificam” a apreensão de dados complexos; b) refletir sobre um quadro analítico focado apenas no “visual” como forma de apreensão de sentidos; c) propor formas de interpretação dessas práticas enquanto atividades incorporadas de construção de sentido compartilhado a respeito da natureza. Esse tipo de pesquisa busca contribuir tanto com as pesquisas dos ESCT sobre representação científica quanto com pesquisas interessadas em compreender a construção de sentidos a partir de imagens digitais.





Colóquio Letramento, Fronteiras e Cultura Digital

22 06 2010


Programação do colóquo LFCD

Dias 06 e 07 de julho, no IEL/UNICAMP, vai acontecer o Colóquio Letramento, Fronteiras e Cultura Digital.  Participam Julio César Araujo, da Universidade Federal do Cerará e Marko Monteiro, do Departamento de Politica Cinetífica e Tecnológica do IG/UNICAMP. Júlio é linguista aplicado. Vai falar sobre Internetês. Marko é antropólogo e vai falar sobre a produção de sentido nas práticas multimodais de cientistas, que envolvem imagens digitais.  Não é preciso fazer inscrição, e quem participar dos dois dias vai receber certificado fornecido pela secretaria de extensão do IEL.  A programação completa (PDF, 500 k) está aqui.